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Alianças

Aliança de casamento: qual o seu significado e por que é usada no dedo anelar?

Você já parou para pensar qual é, de fato, o significado das alianças de casamento? Essas pequenas argolas que tantos casais usam no dedo anelar da mão esquerda poderiam representar algo além do amor e do compromisso que logo nos vêm à cabeça? E por que, entre todos os dedos, justamente o anelar foi escolhido para carregar essa joia tão simbólica?

A seguir, fazemos um convite não apenas à reflexão, mas também para conhecer belas lendas cheias de significado.

Qual é o significado da aliança de casamento?

A seguir, o Professor Clóvis de Barros faz uma reflexão profunda sobre o verdadeiro significado das alianças:

Transcrição da reflexão:

A aliança de casamento é um símbolo. E como todo símbolo, está no lugar de outra que ela significa.

A Poésie Joias me convidou para falar sobre o significado de uma aliança de casamento.

E para identificar o significado de uma aliança de casamento, eu decidi recorrer a Nietzsche e ao seu eterno retorno.

O eterno retorno de Nietzsche é um critério, uma espécie de régua de avaliação da vida.

O eterno retorno sugere que a vida boa, boa, boa, boa é aquela que você gostaria que se repetisse muitas, mas muitas vezes na sequência.

Talvez até que ela se repetisse tantas vezes, que ela não terminasse mais, que ela se estendesse no tempo.

E é claro, um momento de troca de alianças no casamento pode ser um momento muito feliz. Um momento muito auspicioso, um momento de aproximação, de proximidade, de companheirismo, que gostaríamos que não terminasse nunca, que se estendesse no tempo, que se repetisse indefinidas vezes. Porque isso é indicativo da vida boa!

A aliança de casamento indica um instante de vida que gostaríamos que se estendesse para sempre.

Por que usamos aliança no dedo anelar? Conheça essa bela lenda chinesa

Os chineses, com uma cultura moldada pelo tempo, sabedoria e paciência, criaram uma explicação simples e brilhante para a escolha do dedo anelar como o lugar da aliança de casamento.

Nada a ver com moda, com etiqueta, ou com aquela história de “veia do coração”. É uma metáfora: uma pequena coreografia com as mãos, que explica muito da vida.

Funciona assim: cada dedo representa alguém importante. Os polegares são os pais, que são os primeiros a nos segurar quando caímos. Os indicadores, os irmãos, nossos companheiros de infância e amigos de trincheira até certo ponto. O dedo médio representa você, o centro da sua própria vida. O anelar, simboliza o par, ou seja, o amor escolhido. E o dedo mínimo, os filhos, que vêm, crescem, e um dia seguem o próprio caminho.

Agora, faça o seguinte gesto: junte as palmas das mãos, dedo com dedo. Mas dobre os dedos médios para dentro, encostando as falanges. Eles representam você, voltado para dentro, tentando se manter firme.

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Foto: Aliança Poésie

Tente separar os polegares. Eles se soltam com facilidade. É assim com os pais, que nos acompanham por um trecho, mas um dia se vão. E cabe a nós seguir em frente, como manda a vida.

Agora, tente os indicadores. Perceba que eles também se separam. Irmãos crescem, tomam outros rumos, constroem suas vidas com outros afetos e outras rotinas. E tudo bem, pois o amor permanece, mesmo que os caminhos mudem.

Os dedos mínimos, que representam os filhos, também se separam. Porque filhos são jornada, não destino. Vêm por um tempo, crescem, ganham asas e se vão. É o ciclo natural do amor que cria para libertar.

Agora tente separar os anelares.

Você não vai conseguir. Eles resistem. Ficam ali, teimosos. Unidos por algo invisível.

É isso. O dedo da aliança é o único que se recusa a se afastar. E isso não é acaso: é uma escolha.

Amor verdadeiro não é feito só de paixão ou desejo. É permanência. É o dia seguinte. É a decisão silenciosa de ficar quando tudo convida a sair.

Por isso a aliança vai ali. Porque o que realmente importa é aquilo que resiste quando o tempo passa, quando os filhos vão, quando a casa esvazia.

O que fica quando tudo o mais muda.

Vena Amoris, a veia do coração

Vena Amoris. O nome já soa como romance: a Veia do Amor. Antes da ciência desvendar os caminhos do corpo humano, havia quem acreditasse que uma veia ligava diretamente o coração ao dedo anelar da mão esquerda. Uma ligação reta, sem desvios. Como se o amor tivesse endereço certo.

E foi assim que o anelar ganhou sua fama. Virou símbolo de compromisso, o dedo escolhido para carregar a aliança.

O primeiro registro desse nome aparece em 1686, em um tratado sobre contratos matrimoniais escrito por Henry Swinburne, um advogado naquela época.

Até então, não havia regra. As pessoas usavam alianças no polegar, no dedo médio… Cada um com seu costume. Mas, com o tempo, o dedo anelar da mão esquerda foi se firmando como o protagonista.

É difícil saber se foi a tal Vena Amoris que definiu isso tudo. Talvez tenha sido a poesia popular, talvez o costume, talvez — e por que não ? — a mão certeira do pessoal do marketing, sempre pronto para transformar mito em mercadoria. Talvez seja um mistério destinado a jamais revelar sua verdadeira resposta.

Hoje, a medicina já desfez o mito: todos os dedos têm veias que levam ao coração. Nenhum tem uma via exclusiva. Nenhum é mais apaixonado que o outro.

Mas isso importa pouco.

Porque o amor também é feito dessas histórias que escolhemos acreditar. E se o dedo anelar virou símbolo de união, é porque ali depositamos um significado.

E justamente o anelar, esse dedo discreto, às vezes chamado de “seu-vizinho”. Talvez tenha ganhado esse apelido porque o amor verdadeiro é assim mesmo: silencioso, constante, sempre por perto.

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Procurei muito em várias joalherias um anel que estivesse à altura do que minha futura noiva merecia. Consegui tudo isso com a Poésie. Não à toa minha noiva ouve com certa frequência e com muito orgulho: 'este é o anel mais bonito de todos que já vi'.

KADU

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