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Pequenos caçadores de diamantes são sonhadores, atraídos pela possibilidade de encontrarem um pedra que lhes traga muito dinheiro. A grande maioria morre sem encontrar muita coisa. No entanto, ocasionalmente, um escavador sortudo fica rico ao encontrar algo excepcional.

Johannes Jacobus Jonker foi um dos agraciados pela sorte: encontrou um enorme diamante de 726 quilates, que ficou conhecido como Diamante Jonker. Aos 62 anos, e sempre pobre, vinha tentando a sua sorte atrás de grandes fortunas há mais de 18 anos, na África do Sul.

Em 17 de Janeiro de 1934, o dia amanheceu muito frio e chuvoso. Depois da chuva ter lavrado a terra, Johannes Jonker decidiu ficar em casa. Naquele dia ele estava deprimido e se sentia sem sorte. Contudo, mandou o seu filho Gert e mais dois empregados sul africanos para as minas de diamante em Elandsfontein. Um dos empregados, Johannes Makani, estava lavando um balde cheio de cascalho quando, de repente, encontrou alguma coisa. Ele ficou estático e, sem dizer nada, andou até o campo de limpeza e esfregou o objeto que ele havia encontrado. Ele jogou seu chapéu para cima e gritou: “Oh Deus, eu encontrei!”. Em seguida, foi correndo contar as novidades a Gert Jonker, que, inicialmente, pensou estar olhando para um pedaço de vidro. No entanto, quando percebeu que a pedra encontrada se tratava de um diamante, correu para contar ao pai.

Diamante Jonker Bruto

Quando o diamante chegou às mãos de Johannes Jonker, sua reação foi um simples olhar de desprezo. Esse é um comportamento muito comum às descobertas dos grandes diamantes. O ceticismo é instintivo, diante de pedras preciosas tão grandes. Todavia, Jonker logo percebeu que aquela pedra se tratava, de fato, de um diamante. Caiu, então, de joelhos e agradeceu a Deus.

O diamante bruto, cor branco-gelo, pesava impressionantes 726 quilates, tinha 63,5mm de comprimento por 31,75mm de largura. Quando foi descoberto, o Jonker era o quarto maior diamante do mundo. No entanto, perdeu essa posição quatro anos depois, quando o diamante Presidente Vargas, de 726,60 quilates, foi encontrado em Minas Gerais.

Houve muita disputa na compra do diamante Jonker. Joseph Bastiaenen, representante da Diamond Corporation, foi quem comprou o diamante do senhor Jacobus Jonker. Estima-se que o diamante Jonker tenha sido vendido por algum valor entre £61,000 e £75,000, uma fortuna na época.

Ao chegar à sede da companhia, Bastiaenen recebeu várias perguntas de seus colegas de trabalho. Durante a discussão, o diamante caiu no chão. Qual seria sua reação ao ver uma preciosidade dessas cair no chão? Desespero? Os colegas de Bastiaenen, procuraram acalmar o companheiro de trabalho, que acabara de gastar uma fortuna da empresa, jogando futebol com o diamante. Sem dúvida, deve ter sido muito confortante…

Logo após a venda do diamante, o governo sul-africano se moveu rapidamente e exigiu que Johannes Jonker pagasse um terço do valor que recebeu em impostos. Jonker tentou deduzir alguns custos da base de cálculo, mas todos seus esforços foram em vão: o governo deduziu apenas alguns valores irrelevantes.

Essa foi somente a primeira infelicidade para Jonker. O diamante que ele achou pode ter trazido riqueza, mas destruiu sua paz de espírito. Quando sua famosa pedra foi encontrada, ele estava morando em um barraco de um garimpeiro. Com o dinheiro que ele fez com o diamante, comprou uma fazenda, algumas cabeças de gado e uma limusine. Todavia, em seu coração, ele continuava um simples camponês e nunca foi capaz de lidar com a nova realidade de luxo. O efeito que isso teve em suas finanças foi desastroso e, em poucos anos, tudo o que ele tinha eram suas memórias e seu bom nome: fama e fortuna o tinham abandonado.

O fato de o Jonker ter sido descoberto só a 5km da mina principal, Premier Mine, e devido à sua cor branca de alta qualidade, inevitavelmente, levou à especulação sobre ele ser parte do famoso diamante Cullinan. Esta enorme pedra, encontrada Premier Mine 29 anos antes, possuía uma clivagem em uma das suas faces tão bem feita, que sugeria que ela poderia ter sido parte de uma pedra muito maior. Na verdade, a “outra metade do Cullinan” se mantém um mistério até hoje.

Em 1935, Harry Winston comprou o Jonker por meio de alguns corretores de diamantes. Essa foi a primeira de muitas compras de diamantes importantes da companhia  Harry Winston Inc.

Harry Winston

Quando o diamante chegou a Nova Iorque, Harry Winston recebeu muitos pedidos para exibi-lo no Museu de Historia Natural. No entanto, havia um problema: a lapidação do diamante. Nenhum diamante de tamanho e valor comparado ao Jonker tinha sido lapidado nos Estados Unidos. Winston escolheu Lazare Kaplan como lapidador. Kaplan era a terceira geração de uma família de joalheiros, que aprendeu o ofício da lapidação de diamantes na Bélgica. O Sr. Lazare tinha estabelecido uma reputação como um extraordinário clivador e lapidador, conhecido especialmente pela insistência em obter o máximo brilho de uma gema, mesmo que, para isso, tivesse que sacrificar alguns quilates.

A tarefa de lapidar e clivar o Jonker eram enormes desafios, já que, na época, apenas dois diamantes podiam ser comparados a ele: o Cullinan com 3.106 quilates e o Excelsior, com 995,2 quilates, ambos lapidados pela empresa Asscher.

Lazare Kaplan estudou o Jonker por meses. Diziam que ele vivia, comia e respirava o diamante. Seu exame minucioso do Jonker valeu a pena, pois ele percebeu uma pequena saliência na pedra, algo que os europeus, que haviam estudado a pedra anteriormente não perceberam. Lazare, então, propôs outro corte para o Jonker. No entanto, momentos antes de dividir o diamante, ele percebeu uma fenda em sua superfície. Essa nova variável jogou no lixo todos os cálculos do lapidador.

O diamante foi clivado em 1936. A clivagem foi filmada:

O Jonker foi dividido em 13 diamantes menores. A maior pedra ficou com 142,9 quilates e foi batizada de Jonker I. Algum tempo depois, ela perdeu um pouco de peso, pois sofreu uma segunda lapidação. O Jonker I passou a pesar 125,35 quilates. A lapidação do Jonker I é considerada uma das mais perfeitas que existem.

Diamante Jonker I

O Joker I trocou de mãos até 1977, quando foi vendido por US$2,2 milhões para um comprador privado em Hong Kong. É provável que esse mesmo comprador seja o atual dono do Jonker I.

Os outros 12 diamantes se espalharam por aí. Há rumores que John D. Rockfeller tenha sido o comprador do Jonker X, por exemplo. Em 1987, o Jonker IV foi vendido em Nova York por US$1,7 milhões. O Jonker II foi vendido em 1994 na Sotheby’s Genebra por US$1,97 milhões.

Fotos: Reprodução

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Procurei muito em várias joalherias um anel que estivesse à altura do que minha futura noiva merecia. Consegui tudo isso com a Poésie. Não à toa minha noiva ouve com certa frequência e com muito orgulho: 'este é o anel mais bonito de todos que já vi'.

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