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Anéis

Anel Claddagh: história, significado e curiosidades

Você sabe o que é um Anel Claddagh? Este tradicional anel não é muito conhecido no Brasil, porém, sua história, que envolve lendas e muito romantismo, tem conquistado pessoas que buscam uma joia peculiar e repleta de significados.

Que tal conhecer um pouco mais sobre a história desse modelo de anel centenário e com um design fascinante?

O que é Anel Claddagh

O Anel Claddagh é uma joia de origem irlandesa que surgiu numa vila de pescadores de mesmo nome, na região de Galway, no oeste do país. Embora existam diversas versões do anel, ele sempre apresenta três elementos: duas mãos segurando um coração com uma coroa na parte superior. Trata-se de um anel que representa o relacionamento entre pessoas, simbolizando a amizade ou o amor.

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A origem do Anel Claddagh

O Anel Claddagh integra um grupo de anéis muito populares na Europa Medieval e Renascentista chamados Anéis Fede. Esses anéis apresentavam mãos como elementos principais em seu design. O nome vem da expressão italiana “mani in fede”, mãos em fé ou mãos em lealdade, e remontam imagens de “aperto de mãos” ou “mãos dadas” que simbolizavam, na antiga cultura greco-romana, os casais que se uniam em casamento.

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Anel Fede – Inglaterra, Século XV – Foto: Victoria and Albert Museum

Entretanto, existem várias teorias e lendas sobre como Anel Claddagh surgiu da maneira como conhecemos hoje. A história mais conhecida tem mais de 300 anos e conta a trajetória de Richard Joyce, um pescador que zarpou de Claddagh, Galway, em um navio pesqueiro.

Em 1675, na semana em que Richard retornaria para Claddagh e casaria com o seu verdadeiro amor, seu navio foi interceptado por piratas argelinos e os tripulantes foram vendidos como escravos. Richard acabou sendo comprado por um ourives mouro e, durante seu cativeiro, aprendeu um pouco sobre a arte da joalheria. No entanto, ele nunca esqueceu seu verdadeiro amor. Todos os dias, Richard roubava pequenos fragmentos de ouro, sem o conhecimento do ourives, para fazer um anel que representasse o seu amor e fidelidade, na esperança de reencontrá-la e entregar a joia.

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Representação de Richard Joyce e o Ourives Mouro – Foto: Claddagh Legend

Em 1689, Richard conquistou a liberdade através de um acordo de anistia declarado pelo Rei Guilherme II, que exigia a libertação de todos os escravos de seu reino na Argélia. No entanto, o mestre ourives não queria que Richard fosse embora. Então, ofereceu parte de sua riqueza e a mão de sua filha em casamento. Richard recusou a proposta, pois tinha esperança em reencontrar o seu verdadeiro amor em Galway.

Richard conseguiu voltar para sua terra natal e, para sua surpresa, sua amada esperava por seu retorno. Ele a presenteou com o anel que havia feito e se casaram. Richard abriu uma oficina de ourivesaria e popularizou a sua criação na região. Dizem que os anéis confeccionados por Richard Joyce sempre carregavam a inscrição “RI”, suas iniciais.

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O Anel Claddagh mais antigo conhecido foi feito por volta de 1700. Sua confecção é atribuída à Richard Joyce. Essa peça foi leiloada na Sotherby’s e recentemente foi adquirida pelo Museu de Galway – Foto: Irish Times

Existe uma segunda teoria do surgimento dessa joia também ligada à família Joyce, porém, bem menos plausível. Margaret Joyce casou-se com Domingo de Rona, um comerciante espanhol muito rico. Em uma de suas viagens para a Espanha, Domingo acabou morrendo e deixou para Margaret uma enorme fortuna. Alguns anos mais tarde, Margaret casou-se novamente, com o prefeito de Galway, Oliver Ogffrench. Engajada em melhorar a infraestrutura da cidade, Margaret doou sua fortuna para construir pontes e ficou conhecida popularmente como Margaret das Pontes (Margaret of the Bridges). Um dia, inspecionando as obras das pontes, uma águia deixou cair um anel de ouro em seu colo. O anel foi considerado uma recompensa divina por todo o trabalho prestado à comunidade. Segundo a lenda, esse anel era justamente o Anel Claddagh.

Embora a origem do Anel Claddagh seja incerta, sem dúvida, ele foi utilizado e popularizado na região de Galway, onde diversos ourives tornaram-se especialistas em produzi-lo. Durante muitos anos, o uso desse anel ficou restrito apenas ao povoado local. Com a Grande Fome, em meados do século XIX, muitos irlandeses começaram a emigrar para países como os Estados Unidos e o Canadá, levando consigo seus preciosos anéis Claddagh. Por serem confeccionados de materiais nobres como ouro 18k, muitos foram mantidos como herança, por vezes, a única herança da família, sendo passado de geração em geração. Dessa maneira, americanos e canadenses tiveram seu primeiro contato com a tradicional anel, popularizando seu uso.

A fama do anel também atraiu a atenção da Rainha Vitória do Reino Unido em uma visita à Irlanda, em 1849. Acredita-se que ela adquiriu um par de anéis na região, que posteriormente foi passado para seu filho, Rei Eduardo VII e sua nora, a Rainha Alexandra. Dessa maneira, a realeza britânica também ajudou a popularizar o anel por todo o ocidente.

Como pronunciar Claddagh

O gaélico irlandês está longe de ser uma língua familiar aos brasileiros. Por essa razão, surgem diversas dúvidas de como se deve pronunciar o nome desta joia tão famosa. Na língua gaélica tradicional o “gh” ganharia um som duro e gutural, comum em palavras irlandesas. No entanto, atualmente, ela é mais comumente pronunciada com o “gh” mudo, e, em uma transliteração para a língua portuguesa, ouvimos algo como “Cladá”.

Significado do Anel Claddagh

Para ser considerado um Anel Claddagh, a joia precisa apresentar ao menos três elementos em seu design: um par de mãos segurando um coração que sustenta uma coroa na parte superior. Esse design, que parece ser a descrição de uma história, carrega muitos simbolismos que podem ser interpretados de diversas maneiras. Em suma: o coração simboliza o amor, as mãos simbolizam a amizade e a coroa simboliza a lealdade.

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Por carregar tantos simbolismos, este anel pode ser utilizado para representar diversos tipos de relações humanas. Na Irlanda, tradicionalmente, este anel era passado de mãe para filha mais velha, assim que ela tivesse idade para noivar. Este anel permaneceria na família por gerações, representando a ancestralidade irlandesa. No entanto, após algum tempo, ele se popularizou entre casais, servindo como um símbolo de amor e indicando o status de um relacionamento dependendo da forma que é utilizado.

Na Irlanda, também não é incomum presentear amigos com um anel Claddagh, como símbolo da amizade e lealdade. Existe uma superstição de que o anel não deve ser comprado para si e deve ser dado por alguém ou mesmo comprado para presentear. No entanto, essa é uma regra que já caiu em desuso até mesmo na Irlanda, pois a joia faz parte da cultura da região de Galway e diversos turistas adquirem a peça como uma lembrança do local.

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Como a Irlanda é um país muito ligado ao Cristianismo, era de se esperar que o Claddagh carregasse também algum simbolismo religioso. Para alguns irlandeses o anel é utilizado como o símbolo da Santíssima Trindade. A mão esquerda do anel representa Jesus, a mão direita representa o Espírito Santo e o coração coroado, Deus.

Com tantos significados atribuídos ao Anel Claddagh, este modelo criado há séculos só prova o que sempre repetimos por aqui: são as pessoas que conferem significados às joias e não o contrário. E, sem dúvida, sua história tão rica e seu design único abrem precedentes para representar diversos momentos especiais da vida.

Como usar o Anel Claddagh?

Além dos significados que seu design carrega, a maneira de usar o Anel Claddagh diz muito sobre o que está em seu coração. Dependendo da mão e da posição que é utilizado, é possível entender qual o status de relacionamento de uma pessoa sem dizer uma palavra.

Utilizar o anel na mão direita, com a coroa apontada em sua direção indica que a pessoa está solteira e procurando um amor.

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Já ao utilizar o anel na mão direita com a coroa apontada para fora simboliza que a pessoa está comprometida.

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Utilizar o anel no dedo anelar esquerdo com a coroa para dentro representa que a pessoa está em um noivado.

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E por fim, posicionar o anel com coroa para fora no anelar esquerdo simboliza a pessoa está casada.

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Modelos de Anéis Claddagh

O clássico anel irlandês ganhou uma releitura moderna e repleta de detalhes em nossa coleção. As mãos ganham contornos mais realistas e delicados. A pedra preciosa lapidada em formato de coração substitui o coração feito em ouro do modelo tradicional. A pequena coroa com acabamento granular adiciona um toque de exclusividade ao design autoral da Poésie Joias.

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Com um rubi central, o Anel Claddagh ganha traços ainda mais românticos. O rubi foi uma pedra amplamente utilizada nas antigas civilizações para representar o amor eterno. Durante os séculos XVII e XVIII, muito antes da popularização dos diamantes em anéis de noivado, o rubi era a pedra mais requisitada para os anéis de noivado da época.

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A versão com uma esmeralda em formato de coração carrega ainda mais significados. A esmeralda é considerada um símbolo do renascimento, da saúde e do amor, sendo considerado um amuleto de proteção por algumas civilizações antigas.

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Procurei muito em várias joalherias um anel que estivesse à altura do que minha futura noiva merecia. Consegui tudo isso com a Poésie. Não à toa minha noiva ouve com certa frequência e com muito orgulho: 'este é o anel mais bonito de todos que já vi'.

KADU

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